O "Taurodontismo" representa uma variação da normalidade na qual o dente apresenta ampla câmara pulpar no sentido longitudinal. Podemos classificar o taurodontismo em hipo, meso ou hiper, de acordo com o grau de deslocamento apical do assoalho da câmara pulpar (1). Hipotaurodontismo é a forma menos acetuada, no qual a câmara pulpar é alargada; mesotaurodontismo é a forma moderada, na qual as raízes dos dentes são divididos apenas no terço médio e hipertaurodontismo é a forma mais grave, em que bifurcação ou trifurcação ocorre perto do ápice da raiz (1).
O artigo "Multiple taurodontism: the challenge of endodontic treatment" de Marques-da-Silva et al. (J Oral Sci 52, 653-658, 2010) faz uma revisão sobre esta condição e apresenta um caso de tratamento e retratamento de um primeiro molar superior com hipertaurodontismo. O paciente apresentava múltiplos dentes com taurodontismo. A suspeita de alguma síndrome (Síndrome de Klinefelter) foi levantada, embora inconclusiva. A tomografia volumétrica do feixe cônico (cone beam) foi utilizada para investigar a anatomia radicular interna e externa. Um caso interessante para as áreas de radiologia e endodontia.
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